Todos os discípulos ainda estão em luto devido a morte de João Batista. Mas Jesus os convida a sair de casa e rumar numa peregrinação ao norte de Israel. Alguns pensavam que o mestre os levaria para o Monte Hermon, porém o destino era a idólatra cidade de Cesaréia de Filipe.
No caminho, Tomé e Ramá falam do desejo de se casarem e de como não tiveram o apoio dos pais dela, que ainda não concordavam que eles estariam seguindo um rabi.
Jesus aproveita o momento para ensinar sobre as prioridades da vida, enfatizando quem devemos honrar acima de tudo e todos.
Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus. Mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante do meu Pai que está nos céus.
“Não pensem que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois eu vim para fazer que “‘o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; os inimigos do homem serão os da sua própria família’.
“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará. - (Mateus 10.32-39)
Chegando em Cesáreia, vários discípulos demostraram estranheza com o lugar, não entendendo porque Jesus os levou lá. Um ambiente espiritualmente pesado com muitos altares e templos a deuses pagãos. Porém neste ambiente o mestre queria fazer uma importante pergunta:
Quem os outros dizem que o Filho do homem é?”
Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas”.
“E vocês?”, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou?”
Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
Respondeu Jesus: “Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não foi revelado a você por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus. E eu digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. Eu darei a você as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus”. Então advertiu a seus discípulos que não contassem a ninguém que ele era o Cristo.
(Mateus 16.13-20)
Ainda no episódio, o conselho dos fariseus se reuniram para discutir sobre Jesus. A hostilidade ao messias é imensa a ponto de o compararem com os piores reis de Israel, Acabe e Jezabel. Em certo momento da reunião chegou Caifás, que neste período exercia o ofício de Sumo Sacerdote. Sua orientação maligna é objetiva: “encontrem motivos para condenarmos esse Jesus”.
Enquanto isso, no acampamento dos discípulos a discussão girava em torno do fato ocorrido em Cesaréia. Alguns questionavam se Simão Pedro foi colocado como líder, e a importância de cada um deles na hierarquia dos seguidores de Jesus.
Ainda no episódio, Mateus toma coragem e pede perdão à Pedro pelo que havia ocorrido no passado enquanto ele ainda era cobrador de impostos. Inicialmente Pedro não o perdoa, porém ao conversar com Jesus entende que a melhor decisão é liberar o perdão.
Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?”
Jesus respondeu: “Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete.
– Mateus 18.21-22
Segundo a tradição, já era um enorme ato de bondade perdoar até 3 vezes. Quando Pedro chega afirmando sete, certamente pensou estar agindo como um santo, mas o mestre estreita a situação mostrando que devemos perdoar sempre ao enfatizar 70x7.
Por Lediel dos Santos
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